segunda-feira, 22 de junho de 2009

Esplanada de S. Pedro

Meio dia. Sol a pique. Corpo a escaldar e fome a apertar. A meio caminho entre as Avencas e a Bafureira, nada. O local mais próximo e apetecível, com a maré a encher: esplanada de S. Pedro.
E seguimos, por entre as rochas e os banhistas. À chegada, não havia fila. Também não havia mesa. Optámos por ficar na esplanada "indoor". Por pouco tempo, pois em menos de nada, vagaram duas mesas. E havia, afinal, mais duas ou três vagas. Para um domingo em pleno Verão (era, afinal, o dia que marcava a viragem no calendário), à uma e pouco da tarde, era estranho. Crise instalada, pensámos. 
Depois do pico da fome estar saciado, fomos olhando em redor. 
Aquela já não é a Esplanada de S. Pedro. Ou nós não pertencíamos ali, ou algo tinha mudado.
Ao mesmo tempo que observávamos, íamos desfolhando a Time Out. Curiosamente, "ninguém vai a um restaurante só para comer", dissemos quase em uníssono, ao ler o artigo sobre os 10 anos da Bica do Sapato. O mesmo princípio se aplicará a uma esplanada. 
Longe vão os tempos em que na Esplanada de S. Pedro se encontravam as simpatias, empatias e antipatias do liceu, do ginásio, da praia ou de qualquer outro local que tenha feito parte da vida dos que cresceram por estas bandas. Caras conhecidas, umas mais, outras menos, mas todas passavam por lá. E, de repente, desapareceram. Foram substituídas por ordas ainda mais suburbanas do que S. João, S. Pedro, Parede ou Carcavelos, locais que, sendo naturalmente subúrbio, nunca se assumiram como tal, tendo uma vida própria e uma espécie de tribo que se reconhece em qualquer lugar, o "pessoal da linha".
Famílias com pais jovens e crianças pequenas. Famílias já não tão jovens. Miúdas solteiras. Pessoas para lá dos cinquenta anos, numa heterogeneidade que torna difícil de classificar o ambiente. Corresponde exactamente ao tipo de pessoas que nunca se encontrava nesta esplanada.
Embora se adivinhe uma mudança na gerência, a comida, com excepção para a limitação (laranja e manga) nos sumos naturais, continua igual. O local, perdeu desde que lhe colocaram um acrílico por cima da madeira para proteger a esplanada da chuva. Transformou-a numa quase sauna, não fosse a brisa do mar. E as pessoas, já não são as mesmas...

sábado, 20 de junho de 2009

ESTADO LÍQUIDO - FUSION SUSHI

O que é Fusion Sushi?
Não sabia mas ontem fiquei a saber... Fusion Sushi é o paraíso na terra dos sabores.
É uma viagem de cores, texturas e prazeres. É uma sinfonia que junta o Japão, a criatividade de um chef ousado e os melhores ingredientes. Bora aí...
E fomos... http://www.estadoliquido.com/home4.html: nota 10 ao site!!!
Kick off:
água fresca com morangos e hortelã, já conhecia e adoro.
a música era um chill out perfeito para uma sexta à note na cidade...e o espaço tem uma decoração citadina e urbana: rosa e preto, paredes decoradas com vinyl, umas cadeiras num material tipo industrial rubber, a louça adequada e com génio... maravilhoso.

começámos com uma miso shiro com amêijoas, nota:9
seguiu-se as gioza de frango, nota:8
aprés, tempura de batat doce e de cenoura, nota:10
e o top: sushi moriwase fusion special, nota: 10 - um tabuleiro cor-de-rosa comprido, ideal para esta profusão de sabores, cores, aromas e texturas ser apresentada sob a forma de 22 uds de sushi e sahimi de fusão. DELICIOSO!!! Havia sashimi de salmão e foie gras, nassu maki, maki california, foi um desfile perfeito!
no fim, uma sobremesa perfeita: tiramisushi, passo a explicar: tiramisú feito de castella (vulgo pão-de-lá japonê), simplesmente imperdível!!! Adorámos!
Bebemos café, óptimo também, e ficámos ali à conversa a degustar todo o momento desta experiência gastronómica que queremos repetir em breve!
Os preços são altos, mas para esta qualidade são aceitáveis.

A expectativa ficou muito alta, mas sabemos que estão à altura de continuar a proporcinoar estas viagens de fusão...
Parabéns!!!

ps: Ideia genial de venderem os CDs da música que está a passar!





E assim jantámos no Estado Líquido - Fusion Sushi.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Alma

O restaurante Alma surpreende-nos à partida, por um lado pela boa inserção citadina, bem no coração de Santos, por outro, e ao passar pela porta parece-nos que chegámos ao Céu... tudo branquinho, limpinho, nuvens de algodão que se mexem sozinhas... Não fossem as fardas cinzentas dos empregados, havia razão para para perguntar: Eu morri, ou estou simplesmente a sonhar?

O Alma, tendo como chef o Henrique Sá Pessoa, tipifica-se de cozinha de autor.
Pensei: ...lá vou eu passar uma barrigada de fome... tenho que ir abastecer a uma rouloutte quando sair daqui, ou então passar ali no bailarico de bairro e marchar meia dúzia de sardinhas no pão.
Como estava enganado... com o que comi fiquei satisfeito, e para um alarve como eu, pensar assim, é de facto nota positiva.

Fomos os primeiros a estrear a carta, que muda sensivelmente em cada trimestre, e não sendo capaz de me lembrar dos itens que a compunham, posso adiantar que a explusão de sabores diferentes foi divinal e uma agradável surpresa.

Desde o carpaccio de entrada, passando pelo rissotto e entrecote como prato principal e terminando na mousse de chocolate branco, entremeando com miminhos do chef, como por exemplo o fantástico shot de sopa de ervilha, esteve tudo ao mais alto nível de satisfação. Nível tal que rapidamente esqueci as sarinhas no pão que me piscaram o olho antes de entrar no Alma.

Aconselho a conhecer. Eu vou voltar, e antes de estrear uma nova carta :)

Ma Che Pizza

Para começar, falamos mal. Não por falar, por hábito ou pelo prazer que existe em nós de o fazer.
Porque os preços são elevados para a oferta. Porque a comida era má.
Tagliatelle porcinni e pancetta. Pizza al Tonno.

O tagliatelle trazia massa colada. Alguns fios queimados. A pancetta, cheia de gordura, estava literalmente cozida. Os cogumelos porcini, escapavam...
A pizza tinha demasiada gordura e os ingredientes "descolavam" da massa.
Está dito.
O serviço é bom, atencioso. O espaço, merece remodelação.
Existente em Carcavelos desde 1985, o Ma Che Pizza, antigo La Pizza, ao lado do antigo ginásio Luddance marcou uma geração e, por essa razão, voltei. Mas foi a última vez.