Borda d'Água

O tempo passa e a qualidade geral mantém-se.

Na praia da morena, na costa da caparica, revisitámos um dos que já foi dos mais badalados restaurantes de praia e mantemos a nota 10.

O espaço vai-se estendendo pela areia e, nesse sentido, perde-se a qualidade do serviço, especialmente para quem ficar nas espreguiçadeiras, onde o serviço não é eficiente e, muito menos simpático. A juntar à esplanada e às cadeiras na areia, o Borda d'Água tem agora espreguiçadeiras, cujo pagamento é adiantado. Mal de quem se sente e aguarde a cobrança, como habitualmente acontece. Uma espécie de cão-de-fila africano surge em toda a sua pujança e arrogância, de multibanco portátil em riste, para cobrar os 5€ por espreguiçadeira. Porque as mesmas têm de ser pagas adiantado. Porque está escrito no placard... Porque, desta forma, só apetece sair dali à estalada. Adiante. Nesta zona, o serviço peca pela limpeza. Porque, ao adormecerem nas espreguiçadeiras, os empregados não limpam as mesas dos clientes que vão saíndo e, à nossa volta, amontoam-se copos e garrafas semi-vazios, com um cheiro a restos de bebidas várias que o tal cão-de-fila se esqueceu de mencionar.

Na esplanada em si, serviço eficiente, simpático e prestável. Parece um outro local. A qualidade da comida é muito boa, bem servida e muito bem apresentada. Saladas ricas, batatas fritas caseiras, fruta a sério nas saladas de fruta e uma sangria de champagne que merece ser bebida a cada nova visita!

A Taberna Espanhola, que agora é Portuguesa

No coração do Chiado, ali bem juntinho às lojas de maior movimento, entre a Rua Ivens e a Rua Nova do Almada há um pátio entre os prédios que esconde segredos e esplanadas onde se come bem sem pagar muito. Há o famoso Amo-te Chiado, mas também o excelente italiano Mezzogiorno e a Taberna Portuguesa que, até há pouco tempo era a Taberna Espanhola.

Mudou o nome e a gastronomia de referência, muito embora a estrutura da ementa se mantenha. Entradas, saladas e pratos pequenos, seguidos dos peixes e das carnes que misturam ingredientes e tradições nacionais. Os ovos mexidos com farinheira já foram revueltos com jamon e a salada mista de verduras, tomate e cebola já se chamou ensalada. Até os croquetes se mantêm, numa frigideira pequena, com uma variedade de quatro sabores diferentes por pedido. A qualidade é a mesma, mas a sensação é portuguesa, com bacalhau e bife, de uma forma que os espanhóis jamais saberão fazer. O serviço é aprimorado, a comida saborosa e a quantidade, embora aparentemente pequena, é mais do que suficiente. O bacalhau em cama de folhas de nabo, com puré de batata doce recomenda-se. A batata doce vem da Madeira e produz um puré em tons laranja que merece ser provado...

Movida

Na Movida, no porto de recreio de Oeiras, a esplanada é agradável, o ambiente é simpático e o atendimento eficiente. Come-se bem e não tem necessariamente de se pagar muito.

Os mini pratos de mini só têm o nome e as sobremesas, embora não sejam inovadoras, valem o preço.

Há grande variedade de opções, das saladas às picanhas e aos bifes, passando por hamburguers e pitas. Os mini pratos não são muitos, mas recomendam-se as saladas e a picanha, servidas de forma generosa e muito saborosa. O cheescake de frutos silvestres é fresco e delicioso. A waffle com chocolate é deliciosa e as outras têm um aspecto muito apelativo.

Vale a pela. Tem um parque de estacionamento coberto (pago) próximo, vêem-se os barcos no porto de recreio, a que também chamam marina e sopra quase sempre uma brisa que mantém uma temperatura agradável, mesmo no pico do Verão.